Muitos pacientes no mundo todo permanecem internados nos hospitais ou em suas casas usando cateteres, tubos flexíveis que são inseridos em um veia grossa para administrar medicamentos ou nutrientes. Quanto mais tempo o paciente fica com o cateter, maior o risco de ele ter uma infecção na sua corrente sanguínea devido à entrada de micróbios pelo local de inserção do cateter. E essas costumam ser infecções difíceis de tratar e potencialmente graves (também chamadas de sepse), que podem levar até mesmo à morte do paciente.
A Cochrane fez recentemente uma revisão sistemática dos estudos que avaliaram antisépticos como a clorexidina ou iodopovidona para desinfetar a pele na hora de inserir os cateteres ou depois de eles já estarem já instalados, para prevenir infecções. Os dados de 12 estudos não deixaram claro se limpar a pele com antisépticos pode reduzir a infecção da corrente sanguínea comparado com não limpar, mas, quando a limpeza é feita, parece que a clorexidina dá melhor resultado do que a iodopovidona na prevenção das infecções. O problema é que esses estudos estavam mal redigidos e muitas informações importantes ficaram de fora. Isso faz com que não se possa ter certeza desse resultado, e mais estudos precisam ser realizados e publicados adequadamente.
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