A demência é uma doença que provoca perda de memória, desorientação no tempo e no espaço, falta de concentração e prejuízos para o raciocínio. Pessoas que sofrem de demência geralmente se tornam um grande peso para a família, pois perdem a sua capacidade de cuidar de si mesmas. Existem alguns tipos de demência provocadas por danos ao cérebro que são reversíveis. Mas as mais conhecidas e comuns, como a doença de Alzheimer, atingem principalmente a população idosa e tendem a se tornar mais frequentes com o envelhecimento da população. Por isso, a comunidade científica internacional pesquisa possíveis tratamentos e formas de prevenção.
A Cochrane, em 2008, publicou uma revisão sistemática de estudos sobre o papel do exercício físico para idosos com demência. Essa revisão foi atualizada duas vezes desde então, e a equipe do Centro Cochrane do Brasil acaba de traduzir o resumo da atualização mais recente. A revisão reuniu os resultados de 17 estudos realizados no mundo, com mais de 1.000 participantes, e mostrou que, se por um lado, os programas de exercícios físicos parecem não ajudar a melhorar a função mental dos idosos com demência, por outro existem indícios de que eles melhoram a capacidade das pessoas de realizarem suas atividades da vida diária. Isso faz com que possivelmente a carga de trabalho dos cuidadores dessas pessoas diminua,. Em outras palavras, se não ajudam a recuperar a memória ou o raciocínio, por exemplo, os exercícios provavelmente ajudam o idoso com demência a vestir sozinho suas roupas, escovar os dentes e realizar outras tarefas simples do dia a dia... mas que representam enorme fardo para os cuidadores.
Leia o resumo traduzido desta Revisão Sistemática Cochrane clicando aqui.